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PROVEDOR DA SANTA CASA DE CAMPINAS E 2° DIRETOR ADMINISTRATIVO DA FEHOSP, FALA SOBRE COMITÊ QUE MONTOU ANTI-COVID
13/04/2021

Na dor, surge uma onda de solidariedade

Na história das hecatombes, surgem os heróis anônimos, anjos que, no meio do caos, emergem iluminados por uma onda de solidariedade

Quem são os verdadeiros heróis de guerra? Não, não são soldados, generais ou fardados de qualquer patente. São os profissionais da saúde que trabalham nos hospitais de campanha, salvando vidas. Na Segunda Guerra Mundial, as enfermeiras eram essenciais. Tanto que os jornais americanos publicavam anúncios para recrutar mais profissionais da área.

Um anúncio veiculado em 7 de março de 1945 no jornal The Telegraph Herald dizia o seguinte: "Pergunte a qualquer soldado ferido o que uma enfermeira significa para ele. Ela é a igreja do domingo, um jantar em família, uma carta de casa, os dedos que acalmam, uma mãe".

Hoje também vivemos uma guerra mundial, mas o inimigo não usa farda, não tem armas, aviões ou submarinos. É um inimigo difícil de combater, é invisível, implacável e impessoal. É um patógeno: a covid-19 que está muito próxima de atingir a marca de 350 mil mortes no País.

Na edição de hoje, publicamos uma entrevista densa, um relato humano sobre a batalha contra a covid-19, de um dos mais respeitados gestores de hospitais de Campinas, o médico urologista Murillo Antônio Moraes de Almeida, provedor da Santa Casa de Misericórdia de Campinas e do Hospital Irmandade Irmãos Penteado.

Na entrevista, publicada nas páginas 4 e 5 desta edição, o Dr. Murillo conta como é a batalha diária para manter um hospital filantrópico em meio a um quadro desolador, provocado pela inépcia do governo federal que, lamentavelmente, colocou o Brasil na triste condição de exportador de cepas do coronavírus.

Com o Ministério da Saúde desfigurado, poucas vacinas, falta de medicamentos, oxigênio, sem leitos suficientes, este é um cenário de terra arrasada. Neste contexto, o provedor da Santa Casa revela como resolveu gargalos de falta de respiradores para atender aos milhares de pacientes que procuram o hospital diariamente.

Na história das grandes hecatombes, surgem os heróis anônimos, verdadeiros anjos que, no meio do caos, emergem iluminados por uma onda de solidariedade humana a amenizar o sofrimento alheio. É disto também que trata o Dr. Murillo ao falar do cuidado que os trabalhadores da Santa Casa dispensam às vítimas e seus familiares, diante da elevada perspectiva de perdas humanas, provocadas por esta terrível doença.

Em nome do Dr. Murillo, deixamos aqui o nosso muito obrigado a todos os profissionais da linha de frente de combate à covid-19, verdadeiros heróis de guerra.


Correio Popular