Santa Casa de São José dos Campos realiza novos transplantes de fígado e reduz fila de espera
20/05/2015

Em aproximadamente oito dias a Santa Casa de São José dos Campos realizou cinco novos transplantes de fígado. Com uma média de 40 cirurgias por ano, os cinco novos procedimentos realizados representam uma notícia positiva para a saúde, uma vez que o Brasil ainda possui um número baixo de doação de órgãos, se comparado aos países mais desenvolvidos.
 

O hospital, único a realizar esse procedimento na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, possui uma taxa de sucesso semelhante aos grandes hospitais nacionais, com sobrevida acima de 80% no primeiro ano do transplante. 
 

Credenciada desde 2008, a Santa Casa de São José dos Campos já realizou 151 transplantes e contribui para reduzir a fila de espera de pessoas que aguardam por uma cirurgia na região do Vale do Paraíba. Atualmente a lista conta com aproximadamente 700 pessoas no Estado de São Paulo, sendo 45 da RM Vale.
 

Para o especialista em transplantes da Santa Casa, Dr. Jorge Padilla Mancero, essas novas cirurgias são um marco. “Ao longo desses anos, a Santa Casa tem amadurecido muito tecnicamente e estruturalmente para a realização dos transplantes, no que se refere à UTI, infraestrutura, laboratório de exames, imagens, entre outros. A realização de cinco procedimentos em oito dias mostra de forma prática que estamos maduros e preparados para esse papel, beneficiando toda a população do Vale do Paraíba. Somente nesses oito dias diminuímos em mais de 10% a fila de espera da região, reduzindo também a mortalidade dos pacientes que ainda aguardam o transplante”, afirmou Padilla.
 

O especialista conta ainda que houve uma evolução no que diz respeito à conscientização da população e mobilização das organizações de saúde para a doação de órgãos. “Em 2007 nós tínhamos uma proporção de sete doadores para cada um milhão de habitantes e atualmente esse número mais que dobrou, atingindo 14 doadores para a mesma proporção. A cada ano temos um novo avanço, mas ainda estamos longe do ideal, que seria uma média de 30 doadores para cada 1 milhão de habitantes”.
 

Para realizar o transplante de fígado, o hospital faz constantes investimentos em tecnologia e no serviço de diagnóstico e tratamento de doenças do fígado. Além disso, a Santa Casa tem uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais que fazem todo o acompanhamento do paciente, desde quando ele entra na lista até após o transplante. 
 

O hospital está em busca também da consolidação de um corpo clínico e técnico para realizar futuramente transplantes de rins e pâncreas.

 

 

Hoje, a Santa Casa de São José dos Campos só realiza transplantes de fígado de doadores falecidos, mas se prepara para realizar também o transplante intervivos, que é possível no caso do fígado.
 

A sobrevida de um transplantado é de acima de 80% em 1 ano; acima de 70% em 5 anos e depois esta sobrevida praticamente se iguala a qualquer pessoa. Os transplantes de fígado são mais comuns em homens na faixa etária de 50 a 60 anos e as causas que levam o paciente a necessitar de um transplante são: câncer de fígado, hepatites B e C e as cirroses.

 

Importância da doação
 

Para que seja possível realizar o transplante de fígado, é necessário conscientizar as pessoas da importância de ser um doador de órgãos e comunicar sua família que você é um doador, pois é ela que autorizará a doação. 

 

Lembre-se: Um único doador, pode salvar várias vidas.