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CIDADES DA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO ADOTAM CONFINAMENTO CONTRA ALTA DA COVID E SUPERLOTAÇÃO DE LEITOS
24/05/2021

Ao menos 20% dos moradores da região são afetados por regras mais rígidas do que fase de transição do Plano São Paulo. Fechamento do comércio e barreiras sanitárias estão entre as medidas praticadas na tentativa de reduzir números da doença e aliviar colapso nos hospitais.

21/05/2021 10h18  Atualizado há 3 dias

Ao menos seis cidades da região de Ribeirão Preto (SP) estabeleceram, desde a última semana, regras mais rígidas do que a fase de transição do Plano São Paulo diante da elevação dos casos e mortes da Covid-19, superlotação nos hospitais e um ritmo ainda lento da vacinação, prejudicada pela paralisação da fabricação de novas doses por falta de insumos.

As medidas afetam diretamente 546,2 mil pessoas, o equivalente a 20,4% de toda a população das 66 cidades da região.

Quatro desses municípios adotaram um confinamento total, considerado por parte deles como um "lockdown", até o fim de maio, inclusive com fechamento de supermercados e adoção, suspensão do transporte coletivo e barreiras sanitárias para controlar a movimentação de pessoas nas ruas. O destaque é para Batatais (SP), com o maior período de confinamento no estado de São Paulo, de duas semanas.

Em Franca, as restrições afetam grande parte das atividades, com exceção dos mercados, abertos 24 horas por dia, além do atendimento individual em estabelecimentos como salões de beleza e barbearias.

Em Brodowski (SP), desde quarta-feira (19) até domingo (23), está proibido o consumo local em restaurantes, padarias e lanchonetes, permitido na atual fase do Plano São Paulo, além da manutenção da proibição de festas e o reforço de protocolos sanitários como distanciamento social, máscara e capacidade reduzida nos estabelecimentos comerciais.

Maior cidade da região, Ribeirão Preto segue com supermercados, padarias, lojas de conveniência, comércio de materiais de construção, pet shops e outros setores em funcionamento, mas cogitou adotar medidas mais radicais se os números da pandemia, também em alta nos últimos dias, não caírem. Em março, a cidade já havia adotado um confinamento de 120 horas.

Veja quais são os municípios a estabelecerem regras para rígidas do que o Plano São Paulo contra a pandemia:

  • Batatais (confinamento de 15 a 31 de maio)
  • Bebedouro (confinamento de 20 a 30 de maio)
  • Viradouro (confinamento nos fins de semana, entre 21 e 31 de maio)
  • Taiúva (confinamento de 20 a 30 de maio)
  • Brodowski (regras mais rígidas entre 19 e 23 de maio)
  • Franca (regras mais rígidas entre 20 de maio e 6 de junho)

Cidades em confinamento

Entre as cidades da região, ao menos quatro adotaram um confinamento total contra a pandemia.

As medidas afetam diretamente mais de 165 mil pessoas que vivem em Batatais, Bebedouro, Viradouro e Taiúva. Cidades que, juntas, confirmaram 338 mortes, entre 13.972 infectados pela doença, e com um ritmo de vacinação que ainda proporciona entre 10% e 16% das populações imunizadas com as duas doses dos imunizantes até esta sexta-feira.

Em Batatais, as restrições começaram no último sábado (15) e valem até 31 de maio, configurando até agora o confinamento mais longo decretado em uma cidade do estado de São Paulo.

As regras foram radicalizadas depois de o município confirmar, em 13 dias de maio, 689 casos de Covid-19, o que representa 84,5% do total registrado em abril, que era até então o pior mês da pandemia na cidade. A escalada recente da doença levou ao esgotamento da capacidade de atendimento na Santa Casa.

Em Viradouro, a Prefeitura decretou um "lockdown" nos próximos dois fins de semana, entre 19h desta sexta-feira (21) e 6h de segunda-feira (24), e entre os dias 28 e 31 de maio. Nesse período, além do fechamento de comércios e serviços, está proibida a venda de bebidas alcoólicas, aluguel de chácaras ou similares e atendimento presencial em bancos.

Bebedouro entrou em confinamento total desde quinta-feira (20) até 30 de maio na tentativa de amenizar a pressão hospitalar na cidade, que tem todos os leitos destinados à doença ocupados no sistema público há mais de um mês. Na ala particular, a situação também preocupante, segundo a administração. Até quinta-feira, cidade registrou 1.039 casos no mês de maio, o que representa 17,8% de todas as infecções do município.

Também chamadas pelas autoridades locais de lockdown, as medidas adotadas em Taiúva são válidas entre 20 e 30 de maio. Nesse período, apenas algumas atividades essenciais como postos de combustíveis e farmácias terão atendimento presencial permitido, enquanto o comércio em geral está fechado e a venda de bebidas alcoólicas fica proibida.


Por G1 Ribeirão Preto e Franca