PRIMEIRO TRANSPLANTE DE RIM NA SANTA CASA COMPLETA 35 ANOS
29/07/2021
O primeiro transplante de rim no oeste paulista completou 35 anos neste mês. A cirurgia demorou cerca de quatro horas e foi realizada na Santa Casa de Presidente Prudente por um grupo de urologistas do ITC (Instituto Tratamento Cálculo). Nesta terça-feira, parte desta equipe se reuniu em um café da manhã para relembrar esse marco da medicina regional, que garantiu o credenciamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para a realização deste tipo de transplante na região.
O urologista Ênio Perrone era o coordenador da equipe. Ele diz que o primeiro paciente transplantado foi João Ferreira dos Reis, de 29 anos, e um dos irmãos dele foi o doador. O paciente viveu 18 anos com o órgão transplantado. Perrone destaca que, na época, o grupo contou com a presença da equipe referência da cidade de Londrina (PR) e com o "apoio incondicional" da direção da Santa Casa. “Até então, transplante renal era realizado em poucas cidades do Estado, foi uma conquista marcante na época”, avalia.
O urologista Lorival de Mattos Rodrigues também participou do procedimento. “Foi um grande avanço. Na época, tinha muita gente cética em relação à capacidade para realizar o procedimento aqui, mas mostramos que era possível. Ficou um legado para as próximas gerações”, afirma. O cirurgião Péricles Otani também relembra a conquista. “Foi uma grande honra participar deste momento importante da medicina regional, ainda mais ao lado dessa equipe”. O cirurgião vascular Venceslau Balizardo e o urologista Kasamáro Musha, já falecido, também fizeram parte da equipe.
Logo depois do primeiro transplante em 25 de julho de 1986, a Santa Casa foi credenciada junto ao SUS para o recebimento de rins para transplantes e captações. De lá pra cá, foram mais de 270 procedimentos. O aposentado Francisco Gonçalves Pinheiro foi um dos beneficiados com um transplante. Ele recebeu um rim há um ano e 10 meses e diz que agora leva uma vida normal. “Fiz hemodiálise durante 12 anos e, depois que recebi o rim, minha saúde está 100%”, afirma. O aposentado explica que toma dois medicamentos e faz acompanhamento médico na santa casa a cada quatro meses. “O transplante mudou minha vida, tenho muita gratidão aos médicos e à família que fez a doação”.
Assessoria Comunicação Santa Casa