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SANTA CASA DE MARÍLIA ADERE À MOBILIZAÇÃO NACIONAL
08/04/2022

Filantrópicos requerem a alocação imediata de R$ 17,2 bilhões anuais para o equilíbrio econômico e financeiro no relacionamento com o SUS 

A Santa Casa de Marília aderiu à mobilização da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas) pela sobrevivência dos hospitais filantrópicos. Durante encontro realizado na manhã deste dia 7 de abril, no salão de reuniões da instituição, foi exposta a crise financeira enfrentada pelo setor filantrópico no país ao público interno e feito o pedido de socorro aos parlamentares e governantes.

O provedor da Santa Casa de Marília, Norival Carneiro Rodrigues, lembrou que é preciso valorizar o trabalho desenvolvido por este grupo de hospitais filantrópicos antes que seja tarde demais. “Um hospital do governo federal custa seis a sete vezes mais que uma Santa Casa. Infelizmente, no governo ninguém enxerga isso. É algo muito simples de se ver”.

O superintendente geral da unidade hospitalar filantrópica mariliense, Sérgio Stopato Arruda, apresentou alguns números em âmbito nacional e da Santa Casa. Em 2021, o hospital totalizou R$ 48 milhões de déficit SUS (Sistema Único de Saúde) e déficit global de R$ 5 milhões. “Não fossem os recursos oriundos da saúde privada e da ajuda da comunidade e de emendas parlamentares para cobertura do déficit SUS, o déficit global seria muito maior”.

Em janeiro e fevereiro de 2022, a Santa Casa de Marília contabilizou, em média, por mês, R$ 1,5 milhão de déficit global. “E a situação pode ficar ainda pior, caso a aprovação do Projeto de Lei nº 2564/20 não traga consigo a destinação de recursos para este justo pleito, pois teríamos um impacto adicional de R$ 500 mil por mês no nosso orçamento, levando a projeção para um déficit global de R$ 24 milhões, caso não haja destinação de recursos para o SUS do setor filantrópico”.

Já o superintendente assistencial do hospital, Márcio Mielo, falou em otimização de recursos em um primeiro momento. “Sabemos da situação financeira difícil e desta forma temos que fazer de tudo para economizar e conter alguns gastos possíveis. É claro que não vamos cortar o essencial nem promover medidas radicais. Porém, é um momento de alerta que precisamos colaborar para garantir a subsistência da nossa instituição”.

Chega de Silêncio!

O movimento “Chega de Silêncio!” é coordenado nacionalmente pela CMB para que gestores e profissionais de saúde rompam o silêncio e exponham a crise da maior rede hospitalar do SUS. Vídeos e materiais de divulgação foram produzidos e estão sendo veiculados com o intuito de fazer chegar até os parlamentares e governantes a grave crise vivida por hospitais filantrópicos de todo o País. O objetivo é buscar apoio para que muitas dessas unidades hospitalares não fechem as portas.

De acordo com a CMB, o setor filantrópico vive a maior crise da história e faz movimento para sobrevivência. Com ação em tramitação que impacta ainda mais o financeiro dos hospitais, confederação se mobiliza em clamor por recursos. 

Filantrópicos requerem a alocação imediata de R$ 17,2 bilhões anuais para o equilíbrio econômico e financeiro no relacionamento com o SUS.

Defasagem absurda

Desde o início do plano real, em 1994, a tabela SUS e seus incentivos foi reajustada, em média, em 93,77%, enquanto o INPC (Índice de Preços no Consumidor) foi em 636,07%, o salário-mínimo em 1.597,79% e o gás de cozinha em 2.415,94%. 

Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviço ao SUS, de todo o segmento. A preocupação em manter o trabalho tem, agora, outro alerta: tramita na Câmara Federal, com votação prevista para os próximos dias, o projeto de lei 2564/20, originário e aprovado no Senado, e que institui o piso salarial da enfermagem. 

O impacto da proposta para os hospitais filantrópicos que prestam serviços ao SUS é estimado em R$ 6,3 bilhões. Se não houver políticas imediatas, consistentes, de subsistência para estes hospitais, dificilmente suas portas se manterão abertas e a desassistência da população é fatal.

Fonte: Assessoria de Imprensa - www.santacasamarilia.com.br  

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