FEHOSP ACOMPANHA PARALISAÇÃO CONTRA DEFASAGEM NOS REPASSES A HOSPITAIS FILANTRÓPICOS
19/04/2022
Ao menos 70% das instituições filantrópicas filiadas à CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos) e às federações estaduais aderiam à paralisação organizada para esta terça-feira (19). O objetivo da manifestação, que integra a campanha “Chega de Silêncio”, foi alertar o poder público sobre a alarmante situação financeira dessas instituições.
O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de São Paulo, Edson Rogatti, chama a atenção para o problema da remuneração dos hospitais filantrópicos que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). "Não é possível você ficar com a Santa Casa de portas abertas para receber R$ 10 por uma consulta, R$ 480 um parto, R$ 680, uma diária de UTI e aí por diante. Os medicamentos, materiais, tudo subindo e o que a gente recebe está há duas décadas sem aumento de tabela. Então a gente está mostrando para o governo e para as autoridades que alguma coisa tem que fazer", pondera.
A movimentação foi grande nos 17 estados brasileiros nos quais a Confederação possui federações estaduais que mobilizaram os hospitais, promovendo grandes atos públicos e paralisações de atendimentos eletivos (consultas, exames e cirurgias) não-urgentes e reagendados para o mais breve possível. Procedimentos e cirurgias de alta complexidade, especialmente na Oncologia, e o atendimento nas emergências foram mantidos.
As Santas Casas e hospitais filantrópicos requerem a alocação de recursos na ordem de R$ 17,2 bilhões, anualmente, em caráter de urgência, como única alternativa de assunção das obrigações trabalhistas decorrentes do projeto de lei 2564/20, que institui o piso salarial da Enfermagem, com impacto estimado em R$ 6,3 bilhões, porém, sem indicação de alternativa de financiamento; assim como para a adequação ao equilíbrio econômico no relacionamento com o SUS.
Predicado Comunicação