Santa Casa de Jacareí faz a 1ª captação de coração para transplante
19/06/2015
Unidade hospitalar é referência nesse procedimento há um ano, após firmar parceria com o Hospital Albert Eistein
A Santa Casa de Jacareí realizou na quarta-feira (11), a primeira captação de um coração para transplante. O hospital, que é administrado pelo Próvisão, já realizou oito procedimentos de captação de órgãos desde que tornou-se referência para esse procedimento, após firmar convênio com o Hospital Albert Eistein, de São Paulo, e ser credenciada no Programa de Captação de Órgãos do Estado.
“A vontade que minha irmã tinha de ajudar as pessoas motivou toda a família a permitir a doação de órgãos. De uma certa forma nós nos sentimos confortados, porque sabemos que ela está salvando vidas.”
Foi com essa certeza que a família de Leandro Rodrigues decidiu doar os órgãos da irmã Marcileia, que teve morte cerebral depois de sofrer um acidente de moto em Jacareí. A jovem ficou internada por mais de dez dias na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Jacareí, onde foram captados sete órgãos -- coração, rins, pâncreas, córneas e fígado.
Foi com essa certeza que a família de Leandro Rodrigues decidiu doar os órgãos da irmã Marcileia, que teve morte cerebral depois de sofrer um acidente de moto em Jacareí. A jovem ficou internada por mais de dez dias na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Jacareí, onde foram captados sete órgãos -- coração, rins, pâncreas, córneas e fígado.
Para a realização dos procedimentos, a Santa Casa de Jacareí conta com o suporte de uma comissão do Núcleo de Captação de Órgãos, que integra um projeto do Hospital Israelita Albert Einstein e a Central de Transplante do Estado de São Paulo.
De acordo com o médico Ronaldo Honorato Barros dos Santos, do Incor (Instituto do Coração), especialista em cirurgia e transplante cardíaco, que esteve em Jacareí e acompanhou a captação do coração, a realização do procedimento exige uma grande sincronia entre todos os profissionais envolvidos -- médicos, equipe de enfermagem e demais funcionários que auxiliam o procedimento.
“Um coração tem o prazo de até quatro horas para ser reimplantado. Por essa razão, o trabalho tem que ser cronometrado. A equipe da Santa Casa foi fundamental para o sucesso de todo processo”, afirmou.
“Um coração tem o prazo de até quatro horas para ser reimplantado. Por essa razão, o trabalho tem que ser cronometrado. A equipe da Santa Casa foi fundamental para o sucesso de todo processo”, afirmou.
O médico ressaltou ainda a importância da doação de órgãos. “Deixamos de fazer muitos transplantes porque algumas pessoas ainda têm receio de fazer a doação. É preciso informar que o processo de transplante é totalmente transparente e que o único objetivo de tudo é salvar uma vida ou pelo menos garantir que um paciente que hoje está sofrendo tenha uma melhor qualidade de vida”, afirmou.
O coração captado na Santa Casa foi levado de helicóptero para o Incor e deverá ser reimplantado em uma outra mulher.
O coração captado na Santa Casa foi levado de helicóptero para o Incor e deverá ser reimplantado em uma outra mulher.
O caminho – Para que um paciente possa receber um órgão, ele tem que estar cadastrado na Central de Transplante do Estado de São Paulo. O cruzamento dos dados entre o doador e o receptor é realizado pela central, por meio de um sistema informatizado, o que impede qualquer interferência no processo.
Depois de identificado o receptor, é definido o hospital onde será realizado o transplante. Caso não seja encontrado um receptor compatível no Estado, a consulta passa a ser de âmbito nacional. Cada paciente pode estar cadastrado apenas no seu estado de origem.
*Informações Santa Casa de Jacareí
Depois de identificado o receptor, é definido o hospital onde será realizado o transplante. Caso não seja encontrado um receptor compatível no Estado, a consulta passa a ser de âmbito nacional. Cada paciente pode estar cadastrado apenas no seu estado de origem.
*Informações Santa Casa de Jacareí