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Santa Casa realiza duas captações de órgãos em menos de uma semana
24/06/2015

Equipes de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto durante a captação dos rins e fígado ocorrida na S

A paciente de 47 anos pôde doar rins e fígado que foram levados pelas equipes de para Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.

 
A Santa Casa de São Carlos realizou, através da Comissão de Transplante e Captação de Órgãos, uma nova doação de rins e fígado, na manhã desta terça-feira, 23, destinados ao transplante. Desta vez foi uma paciente de 47 anos que morava na região. Ela deu entrada no hospital na quinta-feira, 18, já com diagnóstico de morte encefálica. 
 
Após atestada a morte cerebral e a família aceitar fazer a doação, as equipes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e do Hospital de Base de São José do Rio Preto vieram para São Carlos na manhã de hoje, 23, para captar os órgãos. A cirurgia iniciou-se às 7h50. O fígado foi o primeiro a ser extraído e por volta das 11 horas foi levado a São José do Rio Preto. E por volta das 11h45 os rins seguiram com a equipe para Ribeirão Preto.  
 
Com esse procedimento, a Santa Casa registrou, em 2015, duas captações múltiplas de órgãos em menos de uma semana. Na quarta-feira passada, 18, o hospital realizou a captação de múltiplos órgãos após a família de um paciente de 31 anos doar coração, rins pâncreas e fígado.
 
Anteriormente, já havia ocorrido duas outras captações de múltiplos órgãos em 2013. Só de captação de córneas foram 62 até o momento.
 
Para o médico e coordenador da Comissão de Captação e Transplante da Santa Casa, Ivan Carlo de Manzano Linjardi esse procedimento reforça o empenho da Santa Casa na promoção da doação de órgãos, solidariedade que promove a vida.

“A Comissão foi montada que o objetivo é realizar a captação de múltiplos órgãos. A dedicação desse grupo e da instituição vai ao encontro da necessidade de reforçar a importância da doação”. Ele ainda sinaliza que para ser doador a pessoa tem de manifestar em vida para amigos e parentes esse desejo.
 
O médico e coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa, José Carlos Bonjorno Junior afirmou que todo o procedimento para atestar a morte cerebral foi pautado pelo protocolo internacional de morte encefálica. Foram realizados exames clínicos desde que a paciente chegou na Santa Casa respeitando os prazos previstos pelo protocolo. 
 
Na sexta-feira, 19 foi realizado o exame com o Dopller Transcraniano por uma equipe de Ribeirão Preto e na tarde de segunda-feira, 22, o eletroencefalograma por uma equipe de Campinas para confirmar o fim da atividade cerebral.
 
“A sociedade tem de ter como cultura esse ato de altruísmo de doar os órgãos que irá beneficiar um grupo de pessoas que vivem em situação precária de vida. Esse ato traz um ganho social”, finalizou Bonjorno. 
 
A Mesa Administrativa da Santa Casa valoriza o gesto de solidariedade da família na doação. “Mesmo no momento difícil de uma perda os familiares tiveram a nobreza de olhar em direção a outros seres humanos que sofrem na fila de espera por um transplante.

Por isso, o hospital está atendo a essa questão e direcionado na qualificação dos profissionais e na aquisição de novas tecnologias para dar suporte para a captação de órgãos”, ressaltou o provedor da Santa Casa Antônio Valério Morillas Júnior.
 
*Informações Santa Casa de São Carlos