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NÚMERO DE VÍTIMAS DE AVC ATENDIDAS PELA NA SANTA CASA DE PIRACICABA TEM AUMENTO DE 37,2%
08/11/2022

O número de vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) atendidas pela Santa Casa de Piracicaba (SP) teve um aumento de 37,2% de 1º janeiro a 25 de outubro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021, segundo o hospital, que é referência regional para tratamento desses quadros.

Foram 347 atendimentos no período citado de 2021, enquanto neste ano foram 476. Na última sexta-feira (28), médicos, enfermeiros e equipe multiprofissional realizaram uma ação educativa em alusão ao Dia Mundial do AVC, que aconteceu no sábado (29).

O Acidente Vascular Cerebral também é hoje o principal motivo de incapacidade no mundo, com consequências sociais e econômicas severas. Somente no mês de julho deste ano, o AVC matou 8.758 brasileiros, o equivalente a 11 óbitos por hora, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil.

No primeiro semestre deste ano, foram 56.320 vítimas fatais, número acima das mortes por infarto (52.665) e Covid-19 (48.865). Estudos indicam que uma em cada quatro pessoas terá a doença ao logo da vida, principalmente, porque o atendimento não pode esperar e o socorro imediato é condição para o melhor resultado.

De acordo com o neurologista da Santa Casa de Piracicaba,Theo Germano Perecin, o AVC ocorre quando os vasos que levam o sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a morte da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.

“Se o paciente não receber o tratamento adequado a nível hospitalar, além de ficar com graves sequelas, pode ir a óbito. Há tratamentos altamente eficazes, mas que, assim como outras medidas, dependem do rápido manejo para alcançarem os melhores resultados. Por isso, reconhecer os sinais do AVC são essenciais”, ressalta.

Segundo o neurologista outro fator importante é informar e conscientizar a população sobre a importância de se prestar os primeiros cuidados à vítima do AVC dentro de, no máximo, quatro horas e meia (270 minutos) após o acidente vascular cerebral para minimizar sequelas, reduzir custos sociais e promover a qualidade de vida.

“O atendimento ocorre em caráter de emergência e qualquer paciente que chega à Santa Casa de Piracicaba pelo Samu ou Resgate, mesmo que não seja possível sua identificação, é atendida da maneira correta e seguindo todos os protocolos. Considero isso uma grande conquista para a população de Piracicaba e região, por estar garantido o tratamento adequado e universal diante de um quadro de AVC agudo”, reforça.

Sinais

De acordo com a enfermeira e gestora do Cuidado, Denise Lautenschlaeger, existem alguns sinais que o corpo dá e que ajudam a reconhecer um acidente vascular cerebral.

“Os principais sinais de alerta são: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental; alteração da fala ou compreensão; alteração na visão (em um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente”, explica.

Vários são os fatores que aumentam a probabilidade de um AVC, seja ele hemorrágico ou isquêmico. Entre eles estão: hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade, tabagismo, uso excessivo de álcool e de drogas ilícitas, idade avançada, sedentarismo, histórico familiar.

Aos primeiros sintomas é fundamental ligar para o Samu (192), Bombeiros (193) ou levar a pessoa imediatamente ao hospital. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores serão as chances de sobrevivência e recuperação total.


Por G1 Piracicaba e Região