SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO E BENEFICÊNCIA PORTUGUESA RECEBEM APORTE DE R$ 20 MILHÕES PARA ATENDIMENTOS DO SUS
22/03/2023
A Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) assinou nesta segunda-feira (20) um acordo para repassar R$ 20 milhões à Santa Casa e ao Hospital Beneficência Portuguesa.
Segundo a prefeitura, os recursos são provenientes do orçamento municipal, por isso não é preciso aprovação da Câmara dos Vereadores para destinação. As parcelas serão mensais até o final do ano.
Nesta segunda-feira, a secretária de Saúde, Jane Aparecida Cristina, e o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) informaram que os repasses municipais serão atualizados em 50%, uma forma de compensar a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), sem reajuste do governo federal desde 2008.
“A sofisticação e a modernização dos procedimentos de saúde, exames diagnósticos, a alta complexidade, novas drogas, novos equipamentos foi muito grande, e a tabela SUS, que baliza o pagamento de tudo, do mais simples ao mais complexo, não é atualizada há 20 anos. Por isso, estamos fazendo um esforço, além do que já colocamos, serão mais R$20 milhões este ano em saúde pública”, disse Nogueira.
Os repasses mensais até dezembro serão acrescidos em R$ 850 mil para a Beneficência Portuguesa e em R$ 1,1 milhão para a Santa Casa.
De acordo com Jane, os recursos vão complementar, principalmente, atendimentos de alta complexidade, como oncologia, cirurgia cardiovascular e vascular e ortopedia.
Em 2022, a Beneficência Portuguesa chegou a parar o atendimento de consultas e cirurgias eletivas por causa da falta de verbas, causada pelo atendimento dedicado a pacientes de Covid durante a fase mais grave da pandemia.
“Na média, o SUS deixa um prejuízo pra nós de 20%. Com o Covid, esse déficit aumentou e chegou a mais de 50% e ele ficou. Os custos hospitalares, os custos de honorários médicos, tudo teve uma demanda Covid que a gente chama. Com essa verba, com certeza vai amenizar esse nosso prejuízo e agora a gente tem a perspectiva de dar um respiro para fazer o que a gente deixou de fazer atrás: pagar alguns médicos e fornecedores”, afirma Ricardo Marques, gestor do Hospital Beneficência Portuguesa.
Por EPTV2