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Santa Casa de Marília recebe veredores e reforça princípios de gestão transparente
27/07/2015

A Santa Casa de Misericórdia de Marília recebeu cinco vereadores, nesta segunda-feira, 20, para um encontro com a diretoria e funcionários. Os objetivos foram reforçar os princípios da gestão transparente, apresentar a estrutura administrativa, informar sobre os serviços oferecidos, esclarecer o funcionamento do SUS (Sistema Único de Saúde) para instituições de alta complexidade referenciadas e atualizar a situação financeira.

Compareceram à apresentação, organizada pelo vereador Marcos Rezende (PSD), os parlamentares Sônia Tonin (PSC), Luiz Eduardo Nardi (PR), Silvio Harada (PR) e José Bassiga Goda (PHS).
A abertura foi feita pelo provedor do hospital, Milton Tédde. “É de suma importância que, como representantes eleitos da população, os vereadores saibam, com o máximo de informações possível, o que é uma Santa Casa e como estamos cuidando da Santa Casa de Marília”, disse.

As apresentações da estrutura organizacional e macrogestão, gestão da assistência e da área administrativa-financeira foram realizadas, respectivamente por Kátia Ferraz Santana (superintendente), Márcio Mielo (diretor de Gestão e Desenvolvimento Institucional) e Sérgio Stopato Arruda (diretor administrativo-financeiro).

Foi uma oportunidade para reiterar o amplo atendimento ao SUS, sobretudo na Alta Complexidade, por meio de cirurgias e do atendimento ambulatorial, conforme pactuado com o gestor municipal. As principais especialidades referenciadas são cardiologia, oncologia, nefrologia e ortopedia.

O encaminhamento de pacientes da região de Marília e também de outras áreas do Estado, de acordo com a especialidade médica, é realizado por meio da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), serviço da Secretaria de Estado da Saúde.
O sistema cruza informações em todo o Estado de São Paulo para indicar onde estão as instituições referenciadas em cada especialidade e a disponibilidade de leitos.

SANTA CASA EM NÚMEROS

Integrado a esta rede, o hospital filantrópico mantém atendimento em média e alta complexidade para pacientes do SUS de Marília e da região. São 186 leitos, sendo 39 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Dos leitos de UTI, 21 são para o atendimento do SUS, distribuídos nas unidades geral, cardiológico, neonatal, pediátrico e queimados. Ao todo, são ofertados para o sistema público 112 leitos.

São realizadas mil internações por mês e o setor ambulatorial do hospital filantrópico realiza cerca de 10 mil atendimentos mensais. O corpo clínico é composto por 355 médicos. A Santa Casa realiza 900 cirurgias por mês e, neste mesmo período, são desenvolvidas 2.200 sessões de hemodiálise.

Embora sua produção seja pactuada, com previsão de teto financeiro, a Santa Casa de Marília realiza o chamado extrateto, mediante a autorização do gestor municipal. Os custos por esses procedimentos, que não poderiam ser adiados, não são cobertos de forma imediata.

As dificuldades no fluxo de caixa, geradas pelo extrateto acumulado do hospital, são agravadas com os repasses do SUS em valores insuficientes para a cobertura dos custos. Em média, o Poder Público paga apenas 60% do custo real do procedimento.

O subfinanciamento é admitido pelos governos do Estado e Federal, que adotaram programas visando complementar o custeio. “Estes programas são bons, como paliativos, mas há um sério problema de atraso nestes rapasses, o que dificulta o equilíbrio financeiro”, destacou Tédde.

AVALIAÇÃO

Na avaliação do vice-presidente do Poder Legislativo, Marcos Rezende, a Santa Casa demonstrou em números e informações a eficiência administrativa. “Temos orgulho de Marília possuir uma instituição como esta, que realiza uma audiência de extrema importância, abrindo todas as informações para o Poder Legislativo.

A Santa Casa de Misericórdia está de parabéns”, ressaltou Rezende.
A vereadora Sônia Tonin ponderou que as explanações permitiram ampliar a visão da atual situação da Santa Casa diante do Sistema Único de Saúde, principalmente apresentado detalhes técnicos de como a verba é gerida.

A vereadora destacou a condução transparente da gestão na unidade hospitalar e mencionou que a população cobra dos vereadores informações sobre a situação da saúde em Marília.

“A Santa Casa, nesta manhã, praticamente abriu as contas para o Poder Legislativo, apresentou todos seus serviços e forneceu informações essenciais. O que lamentamos é a questão da tabela SUS não estar atualizada em seus custos. Observo que este sistema precisa, urgentemente, de uma reforma, justamente para garantir mais recursos para custear a saúde de nossa população”, salientou.

O vereador Silvio Harada também elogiou a iniciativa da Santa Casa e ponderou que a história do hospital filantrópico se confunde com a história de Marília e com a história de vida de muitos marilienses.

“A audiência esclareceu vários detalhes numéricos. Todos sabem que a saúde no Brasil está um caos. Não só na saúde, mas vivemos um caos na segurança e na educação. Estamos passando por dificuldades, as mais graves possíveis. Na falta de um apoio maior do governo federal, do governo estadual, sobra para o governo municipal que, espremido, convive com o déficit. Acompanhamos o esforço, todo o amor desta diretoria com a Santa Casa”.

A Santa Casa de Marília está em campanha, junto a outras centenas de instituições filantrópicas e beneficentes do Brasil, para mostrar que o financiamento deficitário pode gerar um colapso.

O Movimento Nacional pelo Acesso à Saúde já contou com a mobilização local (reunindo quatro instituições da cidade) e estadual, com a presença de mais de 300 pessoas na Assembleia Legislativa. Agora as manifestações dos administradores dos filantrópicos chega à Brasília.

Ato público e sessão especial na Câmara Federal serão realizados em Brasília, no próximo dia 04 de agosto. A Santa Casa de Marília, sob a liderança de Milton Tédde (Conselheiro da CMB - Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas), será representada.

*Informações Santa Casa de Marília