FORTALECIMENTO DAS ENTIDADES FILANTRÓPICAS E APRIMORAMENTO TÉCNICO MARCAM O 21º AUDHOSP E 7º AUDHASS
21/09/2023

Na manhã de quarta-feira (20), a programação do 21º AUDHOSP e 7º AUDHASS teve início com extensa grade de palestras, com a presença de especialistas do setor filantrópico, promovendo relacionamento, aprimoramento técnico e a capacitação de profissionais da saúde. Com o tema “Decifra-me ou te devoro! O enigma do faturamento e auditoria”, os congressos reuniram mais de 600 participantes, incluindo colaboradores de entidades filantrópicas associadas e representantes de 17 estados brasileiros, reafirmando a importância desses eventos no cenário nacional.

AUDHOSP

No AUDHOSP, os debates voltaram-se para a sustentabilidade do setor e das instituições. sob coordenação de Luís Antônio Preto, diretor da Divisão de Sistemas de Produção e Cadastro do SUS da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, e membro da comissão científica do congresso.

Na mesa 1, foi promovido o debate sobre atualizações do CNES. Luanna Costa, gerente do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde na coordenação geral de Gestão de Sistemas de Informações em Saúde (CGSI/DRAC/SAES/MS), apresentou tópicos distintos em sua discussão, como Wiki; cadastro de CBO (vínculo, tipo, subtipo, carga horária); leitos no CNES (relação com a especialidade da AIH, crítica de capacidade física, hospital dia); prontuário eletrônico, CNES e Tabela SUS: o viés das datas. Na sequência, a temática “Rejeições por erro de registro de CBO no SISAIH01, como evitar” foi apresentada por Flavio Coimbra, consultor em faturamento de serviços de saúde na Diretriz e Soluções.

A mesa 2 foi voltada para a Regionalização da Saúde de São Paulo, tema apresentado por Renilson Rehem, coordenador de Regionalização da Saúde e consultor da OPAS. Na ocasião, ele pontuou sobre a realização de oficinas regionais com as macrorregiões do Estado ao longo do ano, que contaram com a participação de prestadores de serviços de saúde, incluindo entidades filantrópicas. O programa propõe um planejamento que reflita a realidade dos municípios nos setores de saúde, para a ampliação de diálogo com o Estado de forma significativa, vindo a refletir os problemas de saúde e de acesso, incluindo procedimentos de diagnósticos e outras frentes. A proposta inicia pela atenção primária, seguindo para a média e alta complexidade, analisando, por fim, o papel do município e do Estado na perspectiva regional, e soluções para contribuir com o setor.

O painel sobre a Tabela SUS Paulista, programa recém-lançado pelo governo estadual, recebeu atenção massiva do público. João Gabbardo, médico auditor do Ministério da Saúde, confirmou que, a partir das oficinas regionais, foi possível identificar quais as áreas que apresentam demanda reprimida significativa. Diante disso, os procedimentos com maior defasagem foram considerados nesta nova tabela. Gabbardo afirmou que os itens que geram internação hospitalar serão reajustados, como partos, além de diárias de UTI e OPME. Ao todo, serão 1.500 procedimentos contemplados com o reajuste.

A programação do AUDHOSP, na quarta-feira (20) foi encerrada com o debate "E o que vem depois da Regionalização?". Elaine Giannotti, assessora técnica do COSEMS/SP, liderou a discussão sobre operacionalização, registros de produção e financiamento, juntamente com Adriana Ruzene, diretora técnica do Departamento Regional de Saúde de Ribeirão Preto, que destacou a aplicação do programa e o seu aprimoramento. Na oportunidade, Sandra Cruz, gestora auditora e enfermeira com experiência em glosas SUS e faturamento hospitalar, deu continuidade à discussão com o tema "Contratualização e o impacto no financiamento do hospital", com foco na gestão de qualidade, análise de riscos e soluções.

As temáticas foram abordadas de forma sequencial para melhorar a compreensão dos participantes sobre o programa de Regionalização e o contexto em que ele é implementado.

AUDHASS

Na programação do AUDHASS, foram promovidos debates voltados às áreas de faturamento e auditoria, pensados para aprimorar o conhecimento dos profissionais destes setores, sanar dúvidas e buscar soluções para garantir a sustentabilidade das instituições hospitalares. Na mesa 1, a apresentação de Marlus Volney de Morais, médico auditor da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, envolveu a importância da boa formação do auditor na performance dos contratos. Na sequência, Guilherme Succi, diretor executivo de Medicina na Faculdade São Leopoldo Mandic, trouxe questionamentos sobre como a formação do auditor impacta na remuneração pelos serviços prestados. Por fim, a temática “Gestão de Qualidade: a formação do auditor” foi abordada por José Aparecido Pastoreli, gerente administrativo na FUNFARME.

A mesa 2, intitulada “Cases Hospitais,” contou com a apresentação de Raquel Rodrigues Gonçalves, gestora de Garantia da Receita do Hospital Israelita Albert Einstein. Na ocasião, ela compartilhou suas atividades de faturamento e os resultados obtidos.

Na sequência, a mesa 3, denominada “Auditoria médica e enfermagem,” foi dividida em três módulos, iniciando pela discussão sobre as perspectivas com o auditor interno, externo e empresa terceirizada. Carlo Eduardo Santiago, consultor sênior da Solution Consultoria, destacou a gestão de carteira, indicadores e resultados. Syro Maiuri, médico e coordenador de auditoria com 12 anos de experiência na área de Saúde Suplementar, apresentou a palestra “As perspectivas do auditor da operadora – Vivest!” Na ocasião, Maiuri destacou a parceria primordial entre operadora, médico, assistente e prestador de serviço, seja de hospital, clínica ou laboratório. Ele pontuou que os três atuando em conjunto, em prol do beneficiário, contribuem para a melhor qualidade assistencial. Por fim, Tânia R. Fávero, vice-presidente da ABEA-SP (Associação Brasileira de Enfermagem em Auditoria), trouxe o debate "Auditoria Médica e Enfermagem," destacando a atuação do enfermeiro auditor e a evolução dentro da auditoria de enfermagem.

A última mesa do AUDHASS do dia trouxe em sua programação o "Case Hospitais," permitindo a troca de experiências entre palestrantes e congressistas sobre atividades de faturamento e os resultados obtidos em hospitais. Fábio Lopes Peporine, gerente administrativo da Santa Casa de Ribeirão Preto, esteve acompanhado por Franciele Deparis Sganderla ao longo da discussão.

Nesta quinta-feira (21), a programação do segundo dia será repleta de novidades. Visite o site https://audhosp.com.br para conferir as palestras e não perder nada.

Predicado Comunicação