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SANTA CASA EMITE ‘COMUNICADO DE SUPERLOTAÇÃO’ E EXCESSO DE PACIENTES NO CORREDOR
18/03/2024

Em tom de pedido de socorro, a direção da Santa Casa de Jaú emitiu ‘Comunicado de Superlotação’ no sábado 16, dirigido inicialmente à diretora do DRS-Departamento Regional de Saúde de Bauru, Fabíola Soares Yamamoto, e à secretária municipal da Saúde de Jaú, Ana Paula Rodrigues. Porém, o documento assinado pela gerente administrativa do hospital, Scila Andrea Carretero, avisa que nesta 2.a feira 18 ele será compartilhado também com a imprensa e o MP-Ministério Público, para “alertar e conscientizar a população e as demais autoridades acerca do problema”.

E que problema. “Não temos como aceitar mais nenhum caso que necessite de UTI adulto, enfermaria clínica ou cirúrgica”, adverte o comunicado, avisando que está no momento com “14 pacientes internados na emergência aguardando leito de UTI e 35 pacientes internados no pronto socorro”. O pedido de socorro fica evidente quando o documento destaca: “Por favor, que não nos encaminhem pacientes graves até segunda ordem, pois infelizmente não temos mais como alocar macas no corredor do pronto socorro”.

A superlotação levou a direção hospitalar a realizar uma “gestão interna de leitos, visando equilibrar a demanda, todavia a situação chegou a seu limite, causando extrema preocupação, já que o número de internação e encaminhamentos via CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde) não param de chegar, causando assim um colapso no sistema de atendimento”.

HORAH teve acesso ao documento antes ainda de ser distribuído à imprensa e apurou que a gravidade da situação se deve “à explosão dos casos de dengue e de Covid em Jaú e na região”. Por ser porta-aberta SUS para a região, a Santa Casa é o destino de pacientes graves de outras cidades encaminhados pela CROSS. No caso específico de Jaú, outro problema que estaria contribuindo para comprometer os atendimentos no hospital seria o corte de mais um médico na rede pública: antes eram três profissionais no Pronto Atendimento do São Judas e, agora, no novo pico dos casos de dengue e Covid, apenas dois.


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