Santa Casa realiza treinamento de médicos e enfermeiros para detectar pacientes com dengue
19/11/2015
Palestra irá reunir equipe de saúde da rede pública, Hospital Escola e conveniados para traçar protocolo de conduta para diagnóstico e tratamento da doença
A Santa Casa, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos, realiza treinamento para atualizar as informações sobre o diagnóstico e tratamento da dengue, as classificações da doença e a abordagem do paciente. A capacitação será oferecida às equipes médicas e de enfermagem das Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Hospital Escolas, Unimed, e o Serviço Médico de Urgência do próprio hospital.
O encontro será amanhã, 19, no dia 26 de novembro e no dia 3 de dezembro, das 13 às 16 horas no Auditório da Santa Casa, Rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio, 573 - Vila Pureza. A palestra, que será a mesma nos três dias, propõe unificar o diagnóstico e tratamento dos pacientes com sintomas da dengue.
De acordo com a enfermeira responsável técnica do Núcleo Epidemiológico Hospitalar da Santa Casa, Josélia Batista de Jesus, a intenção e ter uma única abordagem para evitar que o paciente com suspeita da doença passe por várias unidades de saúde da cidade e recebe diagnósticos diferentes.
“O mais importante é que o paciente com suspeita de ter contraído dengue possa ser rastreado e monitorados pelas unidades de saúde. E que ele receba o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde”, relatou.
Para a médica infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Relacionada a Assistência de Saúde (SCIRAS) da Santa Casa, Ana Lúcia Soares, a demanda de criar um treinamento que direcionasse a conduta para diagnosticar e tratar a doença na cidade partiu da Prefeitura, que criou um plano municipal de combate à dengue. Esse projeto inclui mutirão de limpeza nos bairros, equipes de prevenção e conscientização da população no combate aos criadouros do mosquito da dengue, como também, o treinamento de médicos e enfermeiros ao detectar um paciente com suspeita da doença.
Com essa ação, os pacientes poderão ser direcionados aos núcleos de atenção, facilitando o tratamento. Por exemplo, os pacientes classificados como grupo A e B serão tratados nas unidades da rede pública de saúde. Já os identificados com a doença em grau maior complexidade, que são dos grupos C e D, já serão acolhidos nos hospitais. “Esses pacientes graves terão de ter tratamento específicos”.
O treinamento, segundo a médica infectologista, irá tratar do ponto de vista clínico do paciente com dengue. Qual o grau de gravidade, quando deve ser internado, ou ser encaminhado para continuar o tratamento em casa. Outro ponto e mostrar em detalhes o que o vírus da dengue pode causar ao paciente, os sintomas, e diante desse quadro estabelecido, quais exames são devem ser pedidos.
“Pretendo mostrar aos médicos e a equipe de enfermagem os sintomas que identificam os casos graves, para que o paciente neste estágio entre rapidamente em tratamento”, relatou.
De acordo com Ana Lúcia, o vírus da dengue tem se adaptado as diversidades, ao criarem novos hábitos na natureza. Sabe-se que ele está tornando-se resistente aos inseticidas, que antes tinha habito diurnos e agora já se encontra o Aedes aegypti voando à noite. “Por isso a prevenção é o melhor mecanismo no combate à Dengue”, finalizou.
*Informações Santa Casa de São Carlos