Ministério da Saúde reforça cooperação com órgãos internacionais
04/02/2016
Desde o início de janeiro, representantes da agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (CDC) estão no Brasil desenvolvendo pesquisas em parceria com técnicos do Ministério da Saúde. Nesta quinta-feira (4), encerra-se uma das parcerias com a agência americana, um trabalho de campo que investiga entre a síndrome de Guillain-Barré e sua relação com o vírus Zika, em Salvador (BA). Do total do material coletado na pesquisa de campo, um terço ficará no Brasil e a outra parte seguirá para os Estados Unidos. A medida já foi submetida à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), que autorizou o envio do material. Cabe ressaltar que o CDC é a referência para a Organização Mundial de Saúde (OMS) em doenças transmissíveis.
A disposição do governo brasileiro com as autoridades internacionais foi reiterada no último dia 29, quando a presidenta Dilma Rousseff telefonou para o presidente americano, Barack Obama, para discutir maneiras de aprofundar a colaboração no desenvolvimento de uma vacina e no combate ao vírus Zika. Como desdobramento da interlocução feita pela presidenta, no início deste mês, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, e a secretária de Saúde dos Estados Unidos, Sylvia Burbell, conversaram por teleconferência para o enfrentamento contra a doença.
Já está previsto para o dia 11 de fevereiro um novo encontro com outra equipe do CDC que virá ao Brasil para discutir protocolos de diagnóstico e, no dia 20 de fevereiro, também está prevista uma reunião de alto nível com a participação do CDC, National Institutes of Health (NIH), Fiocruz, Instituto Evandro Chagas (IEC) e o Instituto Butantan para discussão do desenvolvimento da vacina contra o Zika.
Nesta quarta-feira (3/2), o ministro da Saúde participou do encontro de emergência entre 12 ministros latino-americanos para tratar do combate unificado ao vírus Zika, na sede do Mercosul, em Montevidéu. O ministro brasileiro reafirmou à diretora da Organização Pan-Americana de Saúde, Carissa Etienne, que o Brasil está à disposição a passar informações aos países e que, inclusive já recebeu profissionais do Peru para treinamento e testagem do vírus. O país reiterou a disposição em receber e treinar profissionais dos países interessados. Nesse sentido, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, já havia afirmado, durante conferência em Genebra, que o Brasil tem sido ágil nas respostas aos organismos internacionais sobre as investigações da relação do vírus Zika com a microcefalia.
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